sexta-feira, 30 de setembro de 2011

♥→ Meu amor em teu eterno



E o coração se abre em flores

Perseguindo odores nunca sentidos

Do amor sempre e constante 



Eternizado na carne jamais tocada

A vontade do sabor do beijo

Na boca desejada

Do amanhecer cheio de estrelas na face tão querida

Me faz querer desfrutar o aconchego

Acarinhar minhas palavras em teus versos

Meu amor ao teu eterno

Minha vida na essência

Encaixando com delicadeza as mãos na tua pele

Obedecendo ao momento

Respeitando a loucura que invade e se faz única diante

Do desejo de me tornar pra sempre só tua




Thatiana Vaz



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

♥→ AMOR É SÍNTESE








Por favor, não me analise

Não fique procurando cada ponto fraco meu.

Se ninguém resiste a uma análise profunda,

Quanto mais eu...




Ciumento, exigente, inseguro, carente

Todo cheio de marcas que a vida deixou

Vejo em cada grito de exigência

Um pedido de carência, um pedido de amor.




Amor é síntese

É uma integração de dados

Não há que tirar nem pôr

Não me corte em fatias

Ninguém consegue abraçar um pedaço

Me envolva todo em seus braços

E eu serei o perfeito amor.




Mário Quintana

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

♥→ Das minhas certezas...



Diante dos meus olhos corre a esperança de que o amor possa andar de mãos dadas com a confiança. Sobreviver às tempestades dos ciúmes e das inseguranças pode parecer um obstáculo maior do que o que realmente é, muitas vezes o óbvio é o mais simples, a verdade é a única presença constante que pra sempre prevalecerá e ela sempre aparece, mais cedo ou mais tarde. 


Thatiana Vaz




“Meu coração não se cansa
de ter esperança
de um dia ser tudo o que quer.”
...
“Meu coração vagabundo
quer guardar o mundo
em mim.”

Caetano Velloso

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

♥→ Fernando Pessoa








Poema em linha reta






Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.




Fernando Pessoa




domingo, 4 de setembro de 2011

♥→ Lágrimas em Palavras





Amanheci chorando por dentro e não há nada que eu diga ao meu coração que o console, minhas palavras escorrem dos meus olhos enquanto escrevo lágrimas. Minha razão se foi e com ela os meus sonhos, não há mais sol na minha vida, tudo é apenas noite. Quero agora o silêncio eternizado e constante que conforta  as minhas dores, um silêncio gritado que afaste as lembranças que hoje me ferem tanto. Maldito seja o fim que nunca chega e a minha covardia diante dele, repousaria em algum gramado verde, longe daqui,  e deixaria um leve vento bater na minha face se conseguisse mover minhas pernas. Fui paralisada pela dor, não me agrada quando chega essa hora em que viver perde a graça. Só me resta escrever para que eu não esqueça de respirar...





Thatiana Vaz

sábado, 3 de setembro de 2011

♥→ Um dia quem sabe...




Tem verdades que gostaria que meu coração enxergasse assim como meus olhos os fazem. Analisei-me incrédula diante do espelho, mal podia reconhecer na imagem alí refletida, nesse momento senti uma imensa saudade de mim mesma e orei em silêncio pedindo que meu sorriso um dia a mim retornasse. Aproximando da janela percebi que o dia já se fazia noite, não conseguia me lembrar por quantas horas estive mergulhada na névoa densa que cobria meus olhos, fazia um esforço tentando alinhar os pensamentos e mal conseguia traduzir o que aquela dor aguda no estômago queria dizer. Me ajeitei mais uma vez na cadeira, não fecharia meus olhos, esperaria os minutos passarem e com eles quem sabe a dor minguar de dentro do meu peito... Um dia quem sabe...

Thatiana Vaz

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

♥→ Meu Setembro



E de tudo que se acreditava o sonho virou farelo em meio a chuva que caía incessante.

Mal sabíamos que a distância nos trairia... Ou Talvez meus olhos não quisessem enxergar a verdade que momentos enfim me trariam.

Tudo era pesadelo, não sonho, meu travesseiro coberto de lágrimas pesadas e inteiras, naquele escuro intenso, tão qual meu amor que se esvairia em meus olhos. Tudo alí me pertencia menos o momento, o momento se desfazia, íntegro e prosaico diante dos meus olhos. Palavras pronunciadas sem toda a cautela e calma, atingindo-me  de forma incapaz de alguma curvatura do meu corpo para  um possível desvio. Parei de arder por dentro, comecei a sangrar.




Thatiana Vaz