domingo, 27 de novembro de 2011

♥→ Sem palavras...






Eu que tantas vezes lhe fiz declarações, te escrevi versos, poemas e confissões.
Eu que sempre tive tanto medo de te perder e hoje te aguardo ansiosa sem saber o que virá no amanhecer.
Eu que sou tão covarde ao ponto de fugir, evitar o confronto, somente para ter teu riso, que tanto preciso ouvir.

Eu que sou tola ao ponto de acreditar que o nosso amor seria eterno, aqui ou em qualquer lugar, que distância pra gente não existe e como diz o poeta " Todo amor só é bem grande se for triste".
Eu que sou tão mulher, capaz, segura, diante desse amor, sou boba, indefesa e imatura.
Eu que sempre choro na véspera, sofro na antecedência, morro as pressas, exagerada, dramática, aflita, um passo no palco e outro passo na vida.
Eu que tanto te amo nesse momento não sei o que dizer... Coração calado esperando a hora, a fatídica hora da mala arrumar e nela guardar meus sorrisos, esperanças e  motivos, escondê-los de mim mesma no alto do armário, pra um dia quem sabe pra eles poder voltar e olhar sem nenhum aviso, sem nenhum lugar.







Thatiana Vaz

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

♥→ Tantinho...





Me questionei com cabelos ao vento,doce em meus lábios , face úmida de lágrimas, fios tentando se desvencilhar... Eu questionei meu amor por você.
Concluí que te amar pra mim é tão fácil, suscetível e natural quanto respirar. Disse a você e nada além de um meio olhar emburrecido a mim dirigido, faca afiada, fincada em um dos sonhos já despedaçado, no chão esfarelado... Bobagem a minha, dividir devaneios, amores e meros tracejos de um dom nem divino, quem sabe meio aflito ansioso e delicado, um tanto amassado, mas meu e meu e só meu. No travesseiro estendido e só ele sabe meus caminhos, as dores e destinos que a mim foram determinados.






Thatiana Vaz

terça-feira, 8 de novembro de 2011

♥→ Ele...





Ele toca minha alma.

Uma sinfonia de ausências, sentimentos e vontades, extensa em cada nota, simplificada em seu olhar, que acalenta e me acalma, que me toma, me doma, atormenta minhas noites entre dias, me fazendo amanhecer com doces estrelas na retina, ausência da razão.

Ele? Ele me toma nos braços, me aconchega em seu peito, me move entre mundos, lábios tocando nuvens, na delicadeza dos múltiplos sorrisos, iluminado como sol, que me arrasta em disparada por estradas emudecidas, onde só se ouve a leveza da voz do coração.

Sim, ele! Ele é dono dos meus pensamentos, alegrias e tormentos, me dá o céu  e o inferno, gargalhadas em madrugadas, momentos infinitos, saboreado em cada riso, semeado com ferocidade, audácia e sensibilidade, sintonizado  com o profundo eternizado em cada um... Guardado entre os vãos dos dedos, impregnado no cheiro dos cabelos, pele e ar.

Ele é trovão e tempestade, calmaria e felicidade, brisa leve, calor e frio. Me acarinho em seu corpo, me acalmo em teu abraço, lua cheia é onde quero repousar, adormecer e despertar hoje, amanhã e amanhã e amanhã...


Ele! É meu motivo, meu ninho, meu lugar e meu destino, minha luz, meu caminho, minha vida em essência, meu homem e meu menino. 






Thatiana Vaz








Ainda Bem
Marisa Monte


Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você

Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim

O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão

Quem diria que a meu lado
Você iria ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim

O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão

Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou

Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim

sábado, 5 de novembro de 2011

♥→ Coisas da Flor










Eu quero bem a tudo, a toda a gente!... Ando a amar assim perdidamente, a acalentar o mundo nos meus braços!







Ah! A doce agonia de esquecer, a lembrar doidamente o que esquecemos...








Uns amam muito, e os outros contentam-se em ser amados.





Florbela Espanca 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

♥→ Dia, Noite e Madrugada...







Você sempre soube fazer meus dias ternos, 
minhas noites inteiras, 
minhas madrugadas iluminadas, 
imensas, 
cheias de cor. 
Mas sem  você nada tem graça, nem motivo.
Longe de você só sei ser uma coisa: infeliz!






Thatiana Vaz

terça-feira, 1 de novembro de 2011

♥→ Amanheci Novembro







Então veio Novembro, doce, leve, quase em gotas. Me trouxe a esperança, os medos, anseios, um prisma de versões. Um cata-vento sem vento com brisa de imaginação. Barco no mar sozinho a navegar com espaço para dois corações. Me dou conta do tamanho do aprendizado ao teu lado, de todo caminho percorrido, dos terrenos alagados, do quanto se aprende com quem se ama ao se entregar a alma a outra alma sem medir emoções... Com você descobri que quando a confiança se faz presente, ela se impõe perene, o ciúme passa a ocupar um lugar ínfimo, mínimo, até deixar de existir e que o amor nessas situações se dobra, redobra, triplica pra não se romper. As muitas multiplicidades de carinhos emergem de onde nem sabíamos ser capazes. Abre-se espaços, rompem-se barreiras, pula-se obstáculos. Tudo com uma única intensão: Manter o foco, não se distrair com "artimanhas" da vida para estar ao lado do coração que tanto se ama. Insaciável, meticulosa, mansa e fera, assim vou entre espaços, tempos e eras. Pulando buracos, tropeçando, caindo e levantando. Me erguendo, tentando e tentando. Mas tenho um rumo, um motivo, um cais, um prumo. Tenho pressa da chegada, de alcançar a tua boca tão desejada e nos teus lábios depositar minha  vida de mulher tantas vezes menina. Me enxergar nas tuas retinas e sentir meu coração ritmado pelo compasso da tua voz. Então me rendo ao convite em mim já eternizado e convicta grito num silêncio aturdido, apaixonado: Meu destino é o toque das tuas mãos. 
Instantes sublimes  proporcionados pelo causador dos meus sorrisos... 
Amanheci sonhando Novembro!







Thatiana Vaz