Eu que tantas vezes lhe fiz declarações, te escrevi versos, poemas e confissões.
Eu que sempre tive tanto medo de te perder e hoje te aguardo ansiosa sem saber o que virá no amanhecer.
Eu que sou tão covarde ao ponto de fugir, evitar o confronto, somente para ter teu riso, que tanto preciso ouvir.
Eu que sou tão mulher, capaz, segura, diante desse amor, sou boba, indefesa e imatura.
Eu que sempre choro na véspera, sofro na antecedência, morro as pressas, exagerada, dramática, aflita, um passo no palco e outro passo na vida.
Eu que tanto te amo nesse momento não sei o que dizer... Coração calado esperando a hora, a fatídica hora da mala arrumar e nela guardar meus sorrisos, esperanças e motivos, escondê-los de mim mesma no alto do armário, pra um dia quem sabe pra eles poder voltar e olhar sem nenhum aviso, sem nenhum lugar.
Thatiana Vaz