sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

♥→ Eu de mim...



Eu de mim não me queria
minhas grandes inconstâncias
minhas tantas insolências 
meu saltitar cansativo 
e de mim quase abortei 
então de mim fui ficando 
fui gostando dessa mim 
acomodando-me as beiras 
e se eiras eu não tinha 
agora tenho 
eu de mim já muito quero 
pus-me à frente em minha fila 
mas porém sem holofote 
dessa luz eu não preciso 
tenho eu clarão de mim...














Beijos da Pétala

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

♥→ De MIM para MIM




Coloquei a caneta em riste na tentativa de por ordem aos pensamentos da casa mental e o papel engasgou na mais absoluta asfixia.
Decidi enfrentar o dragão do apocalipse e lutei com cada idéia e cada palavra como se elas fossem culpadas pelos problemas do mundo. Tive um surto de imaginação e disse a mim mesma que se alguma coisa seria capaz de trazê-lo de volta, seria aquela iniciativa. Sentia que a cabeça pesava e um sorriso hostil perpassava pelos lábios.
Tal qual um soro ao lado da cama, o pensamento começou a gotejar.
Cinco minutos depois, que para mim foram cinquenta anos, tive um apagão na memória e mergulhei junto com a casa num mar de silêncio. Procurei conversar com os fósseis de minhas dores e dúvidas, certa de que aquele futuro, eu anteciparia.
Os pensamentos mais ruins tentaram reagir, mas ficaram intimidados, como se alguém os tivesse surpreendido fazendo algo de errado.
Guerrilharam, revidaram, acovardaram e por fim, me venceram. Todavia, antes que eles se sentissem culpados pensei numa maneira de aliviá-los, com sorte conscientizá-los e, se isso fosse possível, inocentá-los. A verdade é que eu havia me entregado, e, na dúvida, decidi perdoá-los. Não consegui dormir até que a noite caiu como um punhal e a dor me arrancou o sono e a paz, deixando meus pensamentos ensanguentados. Não pude distinguir se foi sonho ou pesadelo. Levantei-me como pude e desci até o breu de ruas que eu não conhecia.
A estranha cidade estava com um hálito soturno de gueto. As fábricas fumavam como michês da madrugada junto com as pessoas. O horizonte estava espetado por milhares de agulhas de fumaça e, a certa altura, tal qual uma miragem a vapor, a neblina arrastava os pés e alma como se tentasse em vão, soprar a nevasca.
As árvores se escondiam sob as calçadas escuras e os pássaros dormiam num ninho de ramos entrelaçados, embalados pelo vai e vem de uma angústia que se recusava a passar.
O ronco sonâmbulo de um carro atravessou a avenida como um dragão aterrorizado, indicando aos passageiros sem rosto que o sono também lhe era necessário.
Quis sumir dali, mas não sabia onde estava. Ignorando os sapatos, apoiei os braços debaixo da marquise de uma banca de jornal sentindo o coração apertar contra o peito.
Senti que as lembranças me seguiam com a solenidade de um cortejo. Vi-me deitada sob uma cama de espelhos, enquanto uma garganta invisível deslizava pelas armações metálicas e engolia os rostos aprisionados nas fotos de revistas que descansavam sombrias atrás das vidraças.
Fiquei com o olhar perdido naquele paraíso de sombras e notícias passadas.
Tive a sensação de que um vulto escuro pairava às minhas costas. Era a memória.
Pensei nos destinos descruzados e chorei quando as palavras congelaram em meus lábios. Era tanta solidão, que a ausência parecia vibrar em meus olhos.
Fechei-os.

Amanhecia no dia quatro de um de dezembro.
Meu aniversário.
Ele não veio.
Estava nevando no coração.
Soube então para quem eu havia escrito todas aquelas histórias: para mim mesma.





Beijos da Pétala sentindo como a Pipa

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

♥→ Acabou a Magia


No caminho de volta para casa, tinha aprendido a olhar com outros olhos aquele que tinha sido meu refúgio e minha vida. Embora muitos dissessem que eu havia me transformado num ser de pedra, e que a única coisa que me distinguia de uma rocha eram os olhos, sentia que por dentro crescia. 
Entregue às sombras e ao silêncio, não prestava atenção ao quanto meu coração havia endurecido naqueles dias. Aquele homem era a única pessoa a quem eu tentava esquecer e não conseguia. 
À margem, tinha me acostumado a viver num mundo em que as pessoas e as coisas eram feitas de papel e tinta,  e, por vezes as cheirava como se pudesse sentir o perfume, e, tantas outras, podia tocar no sangue seco das páginas e falava com elas, acreditando que as feridas haviam cicatrizado, e  que ainda pudessem estar vivas.  Nunca saberei se o fiz para evitar que fossem esquecidas, como dizia a mim mesma, ou simplesmente para recordá-las e libertá-las de trás das grades daquelas linhas. O fato é que havia mais sentido nisso que na própria vida. Passei mais tempo nesta escrivanhia do que gostaria de admitir. 
A solidão era tão grande, que cheguei a me trancar num quarto completamente às escuras, sem água nem ventilação, vendo os insetos pararem diante de minha sombra, balançando a cabeça com um gesto hostil de ciência médica, que indicava claramente que não havia expectativas.  
Às vezes permitia que passassem a comida por debaixo da porta, mesmo sabendo que eu a ignoraria. Não saía de casa, não dormia, e, de algum  modo enfraqueci até os dedos perderem a força para tocar na comida. Cheguei a pensar que se desonrasse o livro sagrado, conseguiria sensibilizar a providência divina, e nem que fosse por pena, você  voltaria. 
Embora a pele padecesse de uma palidez doentia,  preferi acreditar que estava tudo bem, e que eu ainda estava na flor da vida, mas bem no fundo, o tempo abria sua miserável torneira de água fria e sentia os anos escorrerem entre meus dedos, e se continuasse assim, em questão de dias eu envelheceria sem consciência nem medida. Uma febre nublou minha vista. 
Olhei para alto e me perguntei por que o céu estava chorando. Ele não foi valente o bastante para me responder que havia acabado a magia.  Senti que a   infância finalmente tinha resolvido  me deixar partir sem nenhuma mágoa ou melancolia.  
Pela primeira vez na vida comecei a aceitar que não poderia mudar o que as pessoas não eram e jamais seriam. Se o fizesse, comprovaria que apesar do que aconteceu, fui capaz de refazer minha vida e, sobretudo, de perdoá-lo.  Hoje  sei que não foi por mal, mas por medo, que você partiu, e, que se pudesse voltar àquele instante, jamais teria me deixado sozinha. Acho que hoje podemos nos olhar como você gostaria. Abri minhas janelas para deixar que se evaporasse com o vento. Entre o canto e outro de um pássaro, dava para vê-lo entre o centeio se movendo. É bonita a maneira como suas mãos roçam no trigo. Centuplicam-no. O tombo foi feio, mas não está mais doendo. 
Esquecer é, de fato, um talento que se aprende com o tempo.




Beijos da Pétala se sentindo como a Pipa

domingo, 14 de novembro de 2010

♥→ Tão mais...!


.. E era doce sempre! 
O via puro, inteiro! 
Porque ela o enxergava por dentro. 
Tão fundo... 
Porque se desprendia dos olhos incrédulos do mundo, que só vão até onde a retina pode alcançar. 
Os dela não, iam além, eram dele...! 
Porque ela o olhava feito menina. 
Porque se desfazia de olhares rasos (a superfície, pura e simples, não cabia no seu olhar). 
Porque, em horas como essa, deixava de lado o olhar corrompido de adulto, e alcançava a essência... 
O via com inocência. 
(Os olhos dela, criança, nos dele...). 
Porque não julgava, queria cuidar! 
Porque sempre, e a despeito de tudo, conseguia ver suas flores, e se preciso fosse, (re)moveria seus espinhos, curaria suas dores, e delicadamente, beijaria seus medos, beberia dos seus segredos, e mostraria que ela o entenderia mais do que ele pudesse pensar. 
Porque o culpava tão pouco. 
E o queria tão perto. 
E o amava tão mais...! 



Beijos da Pétala

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

♥→ Sincronicidade


Poderia ser descrita por Balzac.
Palavra-por-palavra: expressão. 
Os dias passam em espiral e ela se fecha em ciclos.
A vida sempre foi esse espelho côncavo diante do qual o ser se esgota em busca da melhor posição subjetiva. 
O ser inteiro reduzido a ponto-e-vírgula só para depois refazer-se.
Tão mais xamânico. 
Ela escreve como se jogasse runas.
Cada caractere sussura segredos. 
Escrita-oráculo: escreve para responder.
Nas noites, sincronicidade tem astúcia de vagalume.
Amanhecer pode ser aleatório. 
Ou quando um homem vislumbra um texto na poeira cósmica.
Docemente incompreensível. 
Como usar braille para orvalhos. 
Ou costurar nebulosas em esqueletos de corais. 
Dia um: o homem encontrou no seu peito reverberação de concha.
Toda interrogação cede a ponto de anzol.
Silêncio.
A palavra, isca.


Beijos da Pétala




Thatiana Vaz

sábado, 6 de novembro de 2010

♥→ Por favor

Sirva-me em doses, por favor,
Sinta minhas gotas a lhe tocar os lábios
A lhe escorrer na boca
Coma-me em pedaços, por favor,
Saberei meu gosto
Sinta minha textura
Desnuda entre seus dentes
Toque minha face, por favor,
Sinta minha pele
Arrepios como ondas provocadas por cada afago seu
Aproxime-se e afaste-se
Chegue e saia
Fique e vá embora
Pegue-me
Toque-me e nunca mais me deixe.

Beijos da Pétala


Thatiana Vaz

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

♥→ Definição




Definitivamente eu sou pronome pessoal curioso, conjugado no presente sem indicativo, com artigo super indefinido, em uma oração!







Beijos da Pétala!




terça-feira, 2 de novembro de 2010

♥→ Mas, Deus meu, como é que se é feliz?





Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.






"Mas, Deus meu, como é que se é feliz?
Pois não aguento mais a solidão neste mundo de Carlos Drummond de Andrade."

(Clarice Lispector - do livro: A Descoberta do Mundo - p. 95)




"E falei pelo telefone com Drummond, quase chamando-o de Carlinhos,
pois é essencial não esquecer que, com sua imensa grandeza,
ele é Carlinhos também e sua mãe assim o chamava.
Ele também precisa ser mimado."

(Clarice Lispector - do livro: A Descoberta do Mundo)

sábado, 30 de outubro de 2010

♥→ Com qual sentimento vou me vestir hoje?





Acredito que muitas coisas são simples escolhas nossas. Posso optar por estar bem, apesar do meu tudo, posso optar por estar triste, apesar do meu tudo.


Simples escolhas que definem meu dia, que definem minhas possibilidades de sorrisos fartos, largos e altos


Que definem brilho, lágrimas, ternuras inundando meu olhar,


Que definem, força, tonos, e motivação de cada músculo do meu corpo em prol de fazer algo em meu próprio benéficio


... Já era dia, ví a claridade refletir em meus olhos o que me fez abri-los, ainda sem me levantar da cama procurava em mim os sentimentos.


Eu tinha a opção de escolha, poderia ver o que me cairia melhor naquele dia.


Passei pela Tristeza, achei as cores muito acinzentadas, olhei a Euforia, as cores estavam muito berrantes, ví a Mágoa, esse tava desbotada, fiquei em dúvida se vestia o Feliz, que se encontrava escondidinho no fundo do meu armário de emoções, esse tia cores marcantes, próprias, aí ví a pontinha do BEM, cores leves, doces, sorriu pra mim, era esse sem dúvidas, corri para pegá-lo e tratei logo de me vestir com ele.


Escolha feita. Hoje estou bem, hoje me aceito, hoje estou em paz.


Eu fiz a minha escolha... você também pode fazer a sua!!


Boa sorte!!






Beijos da Pétala!!



Thatiana Vaz

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

♥→ Ai...



Você foi por um bom tempo só um amigo
Se tornou o mais perfeito amante...
Virou o causador da mais angustiante saudade
E agora é um amor gostoso...
Cúmplice, parceiro para todas as horas...
Obrigada por existir na minha vida
Perto de você estou livre e presa...
Livre pra ser quem eu sou sem medos ou receios
Tocando meus projetos, sempre contando com seus incentivos e sua compreensão
Presa pelos seus carinhos viciantes,
Pelo seu olhar terno,
Pelo som da sua voz doce,
Por suas palavras de afeto,
Pelo calor do seu corpo quando toca o meu,
Pelo toque das suas mãos na minha pele,
Pelo seu jeito inebriante que me leva a loucura,
Por todas essas coisas das quais não quero nunca me libertar,
Você é minha paz, meus desejos, minha felicidade,
Apareceu na minha vida na hora certa, do jeito certo, fazendo a coisa certa...
Você é Inesquecíveis sensações!!!

Beijos da Pétala!!


Thatiana Vaz

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

♥→ Pequeno Príncipe



Disse a flor para o pequeno príncipe: 
é preciso que eu suporte duas ou três larvas 
se quiser conhecer as borboletas. 


(Exupery)

♥→ Enfrentamentos




É preciso um olhar uterino sobre as coisas, entender que o viver é um renascer diário, e que é preciso sim gerar uma boa dose de coragem, de força , de superação, de vontade de luta e de amor a vida todos os dias…
Há que se ter a face a mostra, a sabor do vento, ao labor do tempo e a epiderme exposta , debulhadas por sois e chuvas , calores e frios.
Eu sou de partos e partidas, cicatrizes e feridas,e há sempre uma pitada de medo nesse punhado de desafios mas sou de en.fren.ta.men.tos….
Eu abro ventres, eu sigo em frente e rompo entranhas se for preciso, é comendo a minha propria placenta que tenho sobrevivido.









Erikah Azzevedo






Ela escreveu e eu senti!!






Beijos da Pétala

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

♥→ Ela é...




Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso.
Tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura.
Reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista.
É uma apaixonada, na verdade.
Ela é daquelas intensas, que tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo.
Dentro dela mora um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.
Ela tem aquele cheiro doce de menina romântica e um gosto ácido de mulher moderna.








Beijos da Pétala!!



Thatiana Vaz

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

♥→ Interpretando a mim




Sou póros, suor e arrepios
Sou sol queimando a pele
Chuva respingando no rosto
Sou vento e ventania às vezes brisa em mar revolto.
Sou muito e pouco, me revezo de acordo a maré, sigo a lua
Sou o que sou, a que desperta e adormece
Com jeito sério e doce de menina, mas só quando quero.
Que não se enganem os que me conhecem e, aos que ainda não, que me encantem com palavras sempre sinceras e verdadeiras.
Sou flor e também espinhos
Sou ópera e samba
Sou gestos plenos de frases carinhosas mas sei ser um estrondo quando me interpretam mal ou me falam "verdades inventadas".
Sei olhar nos olhos, no fundo dos olhos
Falo verdades, vejo verdades
Sim, sou delicada e de sinceridade se bem cativada... e também cruel como a própria crueldade, quando algo me desagrada...
Saboreio a vida, desgusto sensações tudo isso dentro de mim
Implodo de emoções entre versos e metaversos.








Beijos da Pétala!



Thatiana Vaz

domingo, 17 de outubro de 2010

♥→ Amanheceu chovendo ausências.




Derramemo-nos, ainda que na tristeza. Amanheceu chovendo ausências. A água sobe como espuma entre as paredes descascadas. Ondulam os móveis, os quadros e as lâmpadas. Chega à altura do meu rosto. As águas são escuras e turvas, e estão infestadas de insetos e serpentes, cujos olhos científicos se avolumam num misto de exclusão e assistência, antes chegar às conclusões que anunciam. Retratos diluídos desancoram olhos transbordantes de carências. Eram seu rosto e seu sorriso que eu via. Quão lindos, sobre as águas, seus pés se alinham. Imersos num alicerce de safiras. Volta, quis dizer, os borbulhos da água, cobrindo-me o rosto e silenciando minhas lágrimas. Arracandas de uma rocha, águas que não passarão mais por esta rua. Seco os olhos úmidos de desesperança. Estão abertos, não se fecham. Aqui dentro tudo submerge. Menos as lembranças.




Pipa




















sexta-feira, 15 de outubro de 2010

♥→ Sempre ela me entende...


De mim, que tanto falam
Quero que reste o que calei
Que tanto rezam por mim
Quero que fique o que pequei
De mim, que tanto sabem
Quero que saibam que não sei...

Martha Medeiros

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

♥→ a INCRÍVEL falível: Uma Incrível limonada






É isso! Eu agora estou colocando em mim açúcar para não ficar azeda,gelo para esfriar o temperamento e água para lavar a alma e deixar o passado escorrer.

Ela sabe bem do que fala, ela sente!!
                                       Incrível Falível... amooooooo!!!

                                                                     

♥→Ela sabe ser sensual!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

♥→ Tava aqui Pensando....





Na minha leiga concepção, existem apenas 2 tipos de homem no mundo: os que fazem você se sentir bem e os que fazem você se sentir um lixo. 



Beijos in Pétala


Thatiana Vaz

♥→ Significado: Amar.



- suor frio, batimentos cardíacos acelerados, respiração fraca, beleza momentânea, olhar fulgurante, cílios arredondados, mãos quentes, bochecha rosa, sorriso curto, feições perfeitas, cabelos sedosos, pensamentos iguais e esparsos, fragrância encantadora, beijos longos e deleitantes, correr na areia da praia, dançar junto, rir unidos, se abraçar... Significado: Amar.Beijos in P




Thatiana Vaz

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

♥→ A Fênix



Sou portadora do Complexo Agudo de Fênix!!
Amanhã renasço!!

Beijo da Pétala

♥→ A Boucher




[20:01] Thati Boucher: a gente não sobrevive sem o kit básico de relacionamento...
[20:01] Thati Boucher: paixão
[20:01] Thati Boucher: miçangas
[20:01] Thati Boucher: lantejoulas
[20:01] Thati Boucher: purpurina
[20:02] Thati Boucher: e um tiquinho de confetes






Bonequinha inteligente essa!!






Beijos in Pétala!

domingo, 10 de outubro de 2010

♥→ Plebeu




Tenho descompensações fatais.
Reações exageradas,
Gestos antecipando finais...
Urgência em ser feliz!
Por isso já me deitei com Drummond e acordei com Schopenhauer.
Idealizei meus príncipes e os abandonei pra me embriagar com um desnorteado plebeu...




Beijos da Pétala!



Thatiana Vaz

♥→ Possuidora


Sou possuidora de um instinto peculiar.

Meio atrevido, indiferente e às vezes alienado.

Sinto-me mais assim, sei que pode parecer contraditório, mas quanto mais me atrevo, mas segura me sinto.

Talvez meus ímpetos de me jogar de cima dessa montanha para voar sobre as águas do mar, sentido o vento no meu rosto e cabelos espalhados indiciplinadamente me fazem reconhecer meus limites e por isso mesmo me instigo a ir sempre mais além.

Se sou transitória? Sou e como é bom viver assim, meio na razão, meio na emoção, minhas descompensações me enobrecem!







Beijos da Pétala!



Thatiana Vaz

♥→ Eu Sou!




Eu sou o que a vida me ensinou, erros e acertos,
Alegrias e tristezas, 

 perdas e ganhos, sou o que sobrou 
da lapidação dos Tempos ..







Neila Comberlato

sábado, 9 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

♥→ Meu Santo é Forte




Meu Santo é forte. 
No centro que eu fui o terreiro é de estrelas. 
Foi só ele bater o cajado pra eu me encorajar a pegar a estrada
Que me leva à infinita ponte de mim. 
Aquela, do amor próprio. 
Eu tô só o bambu. 
Carregando um saco cheinho de paciência nas costas. 
Enquanto não vem eu fico aqui assoviando meu samba: 
“Não mexe comigo que ponho seu nome lá no meu terreiro, eu sou macumbeiro, lerê, eu sou macumbeiro, lerê”. 
O mundo está cheio de música. 
Talvez seja medo do silêncio.




Pipa

♥→ TOLERÂNCIA! ♥.♥



Curiosa da alma, com a emoção moribunda e muitas vezes abrindo mão da razão, desperto a cada dia para um mundo onde construo e reconstruo minha história, a partir da ciclotimicidade entre corpo, alma e pixels!
Há quem ache que me alimento dos sonhos metafísicos e pragmáticos....
Mas é porque sou virada para dentro,
Contida, muitas vezes prefiro calar
Sou feita de um amontoado de silêncios,
Sou a flor da pele, sensível a luz,
E não temo deixar escorrer o amor que vai em mim...
Só quem me sabe, quem me olha ao avesso
Vê que me nutro de um tanto de verdades,
Do dia a dia, da realidade, do virtual, do que me cerca,
Afinal, é o que me levanta é o que me eleva e o que me conduz... TOLERÂNCIA! ♥.♥




Beijinho da Pétala!



Thatiana Vaz

terça-feira, 17 de agosto de 2010

♥→ Clarice Lispector


Ah, meu amor, as coisas são muito delicadas. A gente pisa nelas com uma pata humana demais, com sentimentos demais. Só a delicadeza da inocência ou só a delicadeza dos iniciados é que sente o seu gosto quase nulo. Eu antes precisava de tempero para tudo, e era assim que eu pulava por cima da coisa e sentia o gosto do tempero.

♥→ Marla de Queiroz




Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas.


Me entupo de ausências, me esvazio de excessos.


Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.


Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura.


De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e auto-risco.


O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina.


E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector).


Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável!





domingo, 15 de agosto de 2010

♥→ Marla de Queiroz



O tempo se apossou do que havia. Foi quando pude te explicar que as minhas expectativas não eram exigências. Já que fomos tão inábeis para o amor, restou enfim, essa ternura encabulada e nossas conversas pela madrugada numa hora em que a saudade nos constrói as frases com todos os adjetivos mais suaves para não espantar o sono. E a consciência de que não há mais tempo para usufruir o que não foi aproveitado a tempo. Por isso choramos apenas por dentro sem deixar que nossa voz denuncie nosso olhar raso de esperas intactas. Por isso tanta doçura nas palavras pra não ferir ainda mais essa melodia frágil e cheia de melancolia. E essa tentativa de que o abraço, apenas escrito, tenha outras formas de tocar. Porque queríamos a mesma coisa, exatamente o que nos faltava e que não soubemos porque não tínhamos para dar. Seguimos, ainda assim, unidos não por sentirmos o mesmo amor, mas por compartilharmos aquela mesma solidão.






Marla de Queiroz

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

♥→ Chances




A vida não tem ensaio

mas tem novas chances

Viva a burilação eterna, a possibilidade

o esmeril dos dissabores!

Abaixo o estéril arrependimento

a duração inútil dos rancores

Um brinde ao que está sempre em nossas mãos:

a vida inédita pela frente

e a virgindade dos dias que virão!

Thatiana Vaz

domingo, 8 de agosto de 2010

♥→ Martha Medeiros


Foi um beijo onde não importava a boca
só tuas mãos quentes me apertando pelas costas
nada estava acontecendo na minha frente
e a ansiedade que havia não era pouca
teus dedos perguntavam pra minha blusa
se meu corpo acolheria um delinqüente
descoladas as línguas um instante
minha resposta saiu um tanto rouca

Martha Medeiros

♥→ Marla de Queiroz




Quando terminei de falar, senti foi a dentada da tristeza em meu peito. Eu fui andando, andando, quase olhei pra trás e pedi que desconsiderasse aquilo tudo. Mas não dava pra desmanchar aquele ponto final. Não se remove um "adeus" com um "esqueça tudo que eu disse". É que eu pensava que nem ia doer. (Nem deixei que ele me tocasse, eu não tinha tempo pra arder).E foi com meu coração disparado que apressei o passo e ganhei estrada.Eu respirava fundo chamando a tranqüilidade de volta.Mas ela não veio.Enquanto me afastava, pensei que eu tava indo embora de tudo nele.E sei que fiquei como um ranço, algo que lateja até que se perdoe. Era ele aprisionado na lembrança do que eu havia sido. Só tive paz mesmo, quando o seu coração desmanchou o hematoma da saudade num choro compulsivo, no colo do melhor amigo. Porque nem calma eu tinha pra ajudar.A carne sempre fraca pra afagar, acabava indo mais longe e tudo voltava ao antigamente.Aí eu tive que ficar quieta no meu canto, toda lacerada pela falta.Foi um período solitário em que vivi o luto necessário.Ele nem desconfiou que eu também estava triste, talvez se sentisse melhor se soubesse.Mas eu tinha que fazer valer minha palavra, demorei muito tempo tomando coragem.Demorei muito tempo desparafusando aquela gaiola e, depois, reaprendendo a voar.
Tive ímpetos de escrever uma carta falando das qualidades dele, de tudo que havia me feito crescer. Mas quando fui escrever só consegui dizer: desculpe, não se pode negociar com a paixão.Porque eu também não entendo às vezes esses caminhos que a vida tece.E nós que morávamos um no outro, ficamos sem casa.
Perdoe a falta de abrigo, é que agora eu moro no caminho.






sexta-feira, 6 de agosto de 2010

♥→ Talvez




Talvez um voltasse, talvez o outro fosse.
Talvez um viajasse, talvez outro fugisse.
Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...)
Talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não.
Talvez algum partisse, outro ficasse.
Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego.
Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...)
Talvez um se matasse, o outro negativasse.
Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe.
Talvez tudo, talvez nada...





Thatiana Vaz

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

♥→ Andando


Ando bem, mas um pouco aos trancos. Costumo dizer, um dia de salto 15, outro de sandália havaiana...




Thatiana Vaz

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

♥→ Caio disse:




"E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros."






Caio F Abreu

sábado, 31 de julho de 2010

♥→ Ele não é só um cara..




Ele não é só um cara..

Esse sim, esquenta as minhas mãos e escuta os meus impropérios e gracinhas com o mesmo apego. Ele não me deixa apodrecendo ali onde eu não pudesse incomodar. Ele é diferente de tudo o que é errado em meu mundo e em outros mundos.

Eu diria que ele salvou a minha vida se não soasse tão dramático. Ele não faz planos ou promessas, só surpresas, me ensinou a gostar de surpresas. Ele é diferente.

Ele não é só um cara.

Ele me ouve como se me entendesse, fala como quem soubesse o que dizer e não diz nada muitas vezes, porque ele entende os silêncios. Ele existe.

Eu sei que seriamos bons amigos, bons parceiros, bons inimigos, mas eu prefiro ser a garota dele.

E sei que somos importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver pra acontecer.

Porque ele não é só um cara. Eu não quer mais só um cara.

E ele é tudo que eu quero hoje!

Meu Causador é o cara!



Thatiana Vaz