Pertencemos um ao outro sem nem precisar de tanta leveza nesse coração. Ele foi batendo feliz sozinho, pulsando, pulando ao te encontrar. Grudou ao teu e não quer mais soltar.
Traz uns pedaços de sonhos inteiros e espalha no caminho quando eu passar. Tenho mania de acreditar no teu impossível, de enxergar além da tua retina, de tocar tua alma invisível. Colorir teus olhos. Gosto de descompassar os ritmos, de ser tempo-infinito ao teu lado. Prefiro tuas gavetas desarrumadas. Papéis jogados. Lençóis desdobrados. Perder-se em janelas nos seus monitores. Cabelos emaranhados. Gosto bem mais de mim se estou em você, me sinto mais viva ao teu lado, ouvindo teu sorriso, mergulhando em teus olhos.
Não sei amar calada, contida nos disfarces. Jogaram a minha vida no mar das emoções impossíveis. Só amo devagarzinho. Tempo por tempo. Verso por verso. Grito por grito (Ô Moziiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...). Até virar acontecimento.
No meu amor, as delicadezas não cabem num só silêncio.
Aproveita que não sou mais minha e tatua uns versos na boca. Cola a tua na minha, beiço com beiço. Eterniza em mim a melhor parte dessa vida. Vai sendo mais eu que você. Abre a porta, afasta os móveis. Me deixe invadir, me deixe me espalhar por tua vida, me aconchegando em todo você.
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