quinta-feira, 5 de maio de 2011

♥→ Acordei mentindo em quatro palavras


Autor da foto: Peach, Plum, Pear.



Acordei mentindo em quatro palavras: Hoje estou muito feliz.



De suspeita em suspeita, se chega a uma incerteza, pensei assim que abri a janela do meu quarto, tudo a minha frente estava lá como em todos os outros dias, porém , uma nuvem cinza sempre recaía para cada lado que eu olhava... andei de um lado ao outro contando os passos, medindo para ver se meu quarto havia encolhido. Me sentia sufocada, agoniada e extremamente sozinha, desamparada. Olhei minha cama bagunçada, o travesseiro ainda úmido era a prova das lágrimas que ali despejei, ao olhar-lo levei como por impulso a mão aos meus olhos e percebi que ainda chorava.

As palavras e sentimentos entalados na minha garganta impediam que o ar chegasse livre aos meus pulmões. Me dei conta que ainda doía, a indiferença machuca e magoa a ferida exposta.Tentando realinhar meus pensamentos, ordená-los pude perceber que não poderia me sentir culpada por algo que não fiz, mas já que é assim porque doía tanto? Me sentei a frente do computador e comecei a tocar as teclas que se umideciam a medida que minhas lágrimas caíam, olhos embaçados como se chovesse e sim, hoje dentro de mim cai uma tempestade, cheia de raios e trovões, onde tudo está inundado.

O Homem imagina, projeta e sofre diante de algo que imagina ser a verdade, sendo que deixa de olhar a sua frente e ver o simples, o básico , o óbvio, o fato real. As vezes buscam tanto algo errado, algum problema que na falta criam , porque de alguma forma se tornam dependentes disso.

Me sentia uma palhaça no meio do picadeiro, confianças dadas e tiradas a esmo, sem sentido, sem motivo. Onde me encaixo nisso? Onde está o respeito que deveria ser recíproco sempre? O amo muito, porém é necessário que o meu amor próprio seja maior.



E onde andará meu amor próprio?



Quem achar me devolve por favor.



Pétala

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